21 de maio de 2019 . 17:28

Direitos humanos são tema de oficinas com jovens na AMATRA1

A sede da AMATRA1 recebeu, nesta terça-feira (21), cerca de 80 adolescentes do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e da Unidade de Reinserção Social Raul Seixas. Divididos em dois grupos, manhã e tarde, os jovens participaram de atividades lúdicas sobre direitos humanos. Com apoio do Acordo de Cooperação para Combate ao Trabalho Infantil no Estado do Rio de Janeiro, do qual é AMATRA1 é signatária, o evento lembra o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, 18 de maio.

Na parte da manhã, dois instrutores da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMAS-DH), Denise Nery, assistente social, e Gabriel Naegele, psicólogo, conduziram as atividades. As dinâmicas recreativas envolveram jogo da memória, caça-palavras, jogos de tabuleiro e muito bate-papo sobre direitos humanos no dia a dia.

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“O objetivo é fazer pensar. Num primeiro momento, eles dizem que não sabem o que é, não sabem para que serve, mas aos pouco vão percebendo que estas questões fazem parte da vida deles”, conta Naegele.

Organizadores do evento junto a Gabriel e Denise, do projeto “Vivências Mais Humanas”

Ele e Denise fazem parte do projeto “Vivências Mais Humanas”, da SMAS-DH, que promove encontros como este em escolas, abrigos e associações. Dentre os temas tratados durante as atividades estão racismo, bullying, sexualidade, violência, entre outros. “Os direitos humanos são um tema transversal por isso abrangem vários assuntos. E isto é muito rico”, afirma.

Os instrutores Lucas Marçal e Wanessa Alencar conversaram com os adolescentes sobre violência sexual 

À tarde, dois integrantes do RAP (Rede de Adolescentes Promotores) da Saúde, iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, simularam um talk show bem-humorado para tratar de um tema sério: a diferença entre violência e exploração sexual. Através de encenações, os instrutores Lucas Marçal e Wanessa Alencar chamaram a atenção para situações comuns à realidade dos adolescentes, como abusos no transporte público ou no namoro.

Para Glória Mello, coordenadora do Acordo, as oficinas possibilitam, a partir da sensibilização, um maior envolvimento dos jovens com os direitos humanos. “Queremos que eles sejam multiplicadores e levem a discussão desses assuntos para seus grupos de convivência. Precisamos cada vez mais estimular os jovens a exercer protagonismo, a serem porta-vozes dessas mensagens tão importantes para a transformação cultural da sociedade”, diz. < VOLTAR