09 de abril de 2019 . 15:05

Em 2018, 1,5% dos magistrados foram afastados por motivo de saúde

A juíza Luciana Neves representou a AMATRA1 no 1º Seminário sobre a Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília, em 28 de março. O evento apresentou dados sobre a saúde de magistrados e servidores e discutiu medidas para evitar o adoecimento.

Segundo o CNJ, foram 185 mil afastamentos por motivo de saúde, em 2018. O absenteísmo afetou 1,5% da força de trabalho da magistratura e 2,1% dos servidores do Judiciário. Isso significa que cada magistrado ficou em média seis dias ausente e cada servidor ficou fora por oito dias.

“Foi muito interessante o evento, mas o número de adoecimentos no poder judiciário é alarmante. Com destaque para as doenças pertinentes ao trabalho realizado, como: doença osteomuscular, tecido conjuntivo, respiratória e transtorno emocional causado por fatores diversos, em especial a cobrança de metas e assédio moral”, disse Luciana Neves.

A partir das conclusões do seminário, o presidente do Comitê Gestor Nacional de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário, o conselheiro do CNJ Valtércio de Oliveira, informou que deverá sugerir aos Tribunais Regionais do Trabalho de todas as regiões a criação de comitês de saúde locais e a realização de exames periódicos em magistrados e servidores.

O CNJ também vai promover em 4 e 5 de setembro o 2º Seminário de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário. “Temos um grande número de absenteísmo, provocados por doenças como Lesão por Esforço Repetitivo e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho, depressão e transtornos diversos e, por isso, queremos trazer a magistratura e os servidores para discutir essa realidade com mais profundidade e definir o que é mais necessário e fundamental para cuidar da saúde desse público”, explicou Valtércio de Oliveira. < VOLTAR