13 de junho de 2019 . 11:58

Indicação de Evandro Valadão Lopes para ministro do TST é aprovada pela CCJ

O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1) Evandro Pereira Valadão Lopes, ex-presidente da AMATRA1, foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal para ocupar vaga de ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O nome dele foi aprovado, nesta quarta-feira (12), por unanimidade, e será submetido com urgência ao Plenário do Senado.

Valadão Lopes, que integrou a lista tríplice elaborada pelo TST em abril, foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para preencher a vaga aberta com a aposentadoria da ministra Maria de Assis Calsing. O relator do processo na CCJ foi o senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

Durante a sabatina, o desembargador respondeu a questionamentos sobre temas variados, como o impacto da Reforma Trabalhista na Justiça do Trabalho. Para ele, ainda é cedo para avaliar os impactos da nova lei, especialmente em um momento de crise econômica.

O magistrado foi questionado também sobre a inclusão do Brasil na lista de análise da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de países investigados por suspeitas de violar as convenções internacionais do trabalho. Ele considera a inclusão prematura, especialmente em decorrência dos avanços no combate ao trabalho escravo e infantil.

“Acredito que o Brasil avançou muito no combate ao trabalho infantil e ao trabalho escravo. Existem leis a respeito desses assuntos, inclusive com tipificação criminal. Talvez o Brasil não mereça estar nesta lista de violadores”, respondeu.

Trajetória

Natural do Rio de Janeiro, Evandro Pereira Valadão Lopes ingressou na magistratura do trabalho em 1989 no cargo de juiz do trabalho substituto e, em 1993, foi promovido a juiz titular. Atuou em varas do Trabalho na capital, em Nova Iguaçu, Macaé e Nilópolis.

Em 2003, foi promovido a desembargador do TRT-1, onde presidiu a Comissão Examinadora da Prova de Sentença e dirigiu a Escola Judicial no biênio 2013/2015. Foi, ainda, presidente da AMATRA1 de dezembro de 1999 a dezembro de 2001.

Foto: Reprodução/Agência Senado < VOLTAR