Juíza aposentada Nathalia Prezotti destaca as transformações da carreira

Juíza aposentada recebe homenagem da OAB

As últimas décadas foram de enormes mudanças no Brasil em todos os segmentos. A Justiça do Trabalho acompanhou a transformação. Desde a promulgação da Constituição Federal, em 1988, o ramo trabalhista do Judiciário brasileiro cresceu e ganhou mais atribuições. Os tribunais também seguiram os avanços tecnológicos. Atualmente, praticamente não existem mais processos físicos na Justiça do Trabalho. A juíza Nathalia Chalub Prezotti, que se aposentou em julho deste ano, após 25 anos no TRT-1 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região), pôde vivenciar todas estas transformações.

Durante a trajetória profissional, a magistrada aposentada destaca outras mudanças, como o novo Código Civil (2002) e o novo Código de Processo Civil (2016), além dos primeiros meses de vigência da Reforma Trabalhista (2017). “Me sinto uma dinossaura. Quando pisei a primeira vez na Justiça do Trabalho eram só 40 varas, todas no prédio da Avenida Antônio Carlos. Os advogados se conheciam todos pelo nome e sabíamos quem eram os juízes. Bons tempos”, recorda.

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Nathalia Chalub Prezotti é formada em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com mestrado em Sociologia e Direito pela UFF (Universidade Federal Fluminense). O interesse pelo ramo trabalhista do Direito veio ainda na época da graduação.

Ela ingressou como estagiária no escritório do advogado Christovão Piragibe Tostes Malta, no qual seguiu advogando depois de se formar por mais sete anos. Apesar de lembrar do início da carreira com um certo saudosismo, a juíza admite que houve uma enorme evolução na prestação jurisdicional na Justiça do Trabalho.

“Sou um pouco nostálgica, mas consciente de que a qualidade técnica dos jovens juízes é muito superior à da velha guarda, sob a ótica da nova legislação e sua principiologia”, afirma Nathalia Prezotti.

O caminho para o serviço público e para a magistratura aconteceu após o nascimento da primeira filha. A estabilidade foi o grande atrativo do setor público para Nathalia. “Quando tive minha primeira filha eu era advogada em início de carreira e achei que a magistratura me daria segurança. Passei no concurso para técnico judiciário (atual analista) e fui assessora do desembargador Azulino de Andrade. Não tinha outro caminho que não o da magistratura do Trabalho ou o Ministério Público do Trabalho”, afirma.

Após 25 anos de serviços prestados, os planos de Nathalia Prezotti para a aposentadoria são de focar no uso mais responsável do próprio tempo, se dedicando mais à própria saúde e autoconhecimento. “Estou focada na prática de Yoga, em aprender outras línguas e ajudar ao próximo. Quero ser uma mãe e uma esposa melhor.”