As instrutoras Luciana Ribeiro e Luana Dias distribuíram fotos e notícias relacionadas à violação sexual infantil e a questões de gênero para avaliar a percepção dos jovens sobre o tema. A proposta era desnaturalizar a violência sexual contra crianças e adolescentes. Segundo levantamento do Banco Mundial divulgado em 2015, o Brasil é o quarto país do mundo com o maior número de casos de casamento infantil, e o primeiro da América Latina.
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Durante as atividades, foi explicado também como a sexualidade das crianças e adolescentes se desenvolve conforme as diferentes faixas etárias. Os estudantes assistiram a uma série de vídeos animados, que tratavam desde a descoberta dos órgãos genitais até temas mais complexos, como a homofobia e o sexting (uso da internet, redes sociais e aplicativos de mensagens para produzir e compartilhar imagens de sexo).
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“Foi muito importante falar sobre esses problemas que acontecem, mas não são expostos, talvez por vergonha ou por receio”, opinou Júlia de Oliveira, aluna da Escola Municipal Orlando Villas Boas.
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Segundo Luana, embora os jovens tenham bastante acesso à informação, os conceitos sobre as diversas formas de violência ficam, muitas vezes, invisíveis nos espaços escolares por serem delicados ou tabus. “Oficinas como essa são importantes para aplicar esses temas à realidade do estudante e mostrar as ferramentas que eles têm para se defender”, afirmou a instrutora.
Para Luciana, os estudantes podem atuar como multiplicadores das discussões abordadas no encontro em seus espaços de convivência. “A reflexão estimula a conversação, o diálogo e a produção de conhecimento, e isso, por si só, já é válido”, disse.