Terceirização da atividade-fim abre espaço para precarização das relações de trabalho, diz Callado à Rádio Nacional

O presidente da AMATRA1, Ronaldo Callado, comentou a aprovação, pelo Supremo Tribunal Federal, da terceirização irrestrita de mão de obra para a atividade-fim por empresas, em entrevista para o programa Revista Brasil, na Rádio Nacional, nesta sexta-feira (31). Callado foi entrevistado pelo apresentador Dylan Araújo sobre a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta-feira (30), por 7 votos a 4.

Na visão do presidente da AMATRA1, a decisão abre espaço para a precarização das relações de trabalho. Ele citou que trabalhadores terceirizados sofrem mais acidentes de trabalho, têm menos treinamento, recebem salários menores e são mais acometidos por doenças ocupacionais. Callado afirmou que o entendimento dos ministros permitirá ainda “quarteirização” e “quinteirização”.

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“Com a reforma trabalhista houve uma modificação no artigo 4º da Lei 6.019, de 1974, autorizando de forma clara e muito expressa a terceirização da atividade-fim e inclusive a possibilidade de quarteirização. Ou seja, a empresa que precisa de serviços contrata uma terceirizada, que, por sua vez, contrata uma outra. Há um processo de terceirização em cadeia.”

Confira a entrevista completa abaixo: