13 de julho de 2022 . 12:53

Coluna especial da AMATRA1 é destaque em documentário da TV Justiça

A coluna “Mulheres, por elas mesmas”, criada pela Diretoria de Cidadania e Direitos Humanos da AMATRA1, foi um dos destaques no documentário “Mulheres Juristas”, produzido pela TV Justiça. A obra reuniu mulheres que se dedicam em diferentes áreas e linhas de pesquisa no mundo jurídico. A juíza Bárbara Ferrito, diretora da pasta e uma das idealizadoras do projeto, participou da produção e contou que a ideia da coluna é mostrar quem são as mulheres por trás das togas, que “somos mais que juízas – somos pessoas complexas, que temos potencial e sensibilidade”.

“Resolvemos incentivar a escrita criativa das nossas associadas com o convite para falar sobre temas não jurídicos. Em 2021, a proposta foi abordar um livro, filme, série ou outra obra de arte que tenham tido contato e quisessem compartilhar as reflexões. Durante cinco semanas, tivemos cinco colunas de juízas de diferentes perfis”, disse.

A magistrada afirmou que a ação, que teve sua segunda edição em 2022, foi eternizada em um e-book. “O projeto fez tanto sucesso que lançamos um livro de mesmo nome, com todos os textos e com um texto a mais, que falava sobre análise crítica do discurso, mostrando como as mulheres são mais vítimas da agressividade, da violência e do deboche nas críticas de um texto jurídico.”

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Ao longo do documentário, Bárbara Ferrito também destacou que ser jurista no Brasil é mais do que operar o Direito – “é perceber no Direito o potencial contrafático para concretizar, de fato, a sociedade que nossa Constituição nos prometeu”. E falou sobre as dificuldades que as mulheres enfrentam na carreira, como a invisibilidade em um meio acadêmico masculinizado e a dificuldade de acesso.

“Algumas pesquisas mostram que, quando vamos publicar textos, os que têm nome masculino têm mais chance de serem publicados do que os textos com nome feminino. Em muitas áreas, pesquisadoras abreviam o primeiro nome para não identificarem que são mulheres e aumentar as chances de publicação. Isso serve para vermos como há um obstáculo para a publicação das mulheres.”

A partir do lugar de fala de uma mulher atuante na Justiça brasileira, ela procura construir uma sociedade em que haja maior inclusão de negras e negros no Judiciário e possibilidade de ascenção na carreira das mulheres. “Isso é para que as pessoas possam perceber que todos os grupos sociais são bem quistos e são importantes na formação do Judiciário. Essa é a sociedade que espero em um futuro próximo”, pontuou.

Todos os artigos das duas edições da coluna “Mulheres, por elas mesmas” estão na área “Publicações”, no site da AMATRA1.

Veja o documentário na íntegra:
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