03 de agosto de 2020 . 14:59
Magistrados conversam sobre futebol em Mesa Redonda da AMATRA1
Dez magistrados do Trabalho participaram da Mesa Redonda da AMATRA1, neste domingo (2), para falar sobre o tema que é uma paixão nacional: o futebol. Com mediação de Laís Ribeiro, diretora da associação, foram escalados para o debate Mário Sérgio Pinheiro, Rafael Pazos e Rogério Lucas, representando o Botafogo; Nikolai Nowosh, pelo Flamengo; André Amorim e Fabiano Luzes, pelo Fluminense; Patrícia Lampert, pelo Grêmio; e Glener Stroppa e Jorge Lopes, pelo Vasco. A live foi transmitida pelo canal da AMATRA1 no YouTube e no perfil do Facebook.
“É uma missão desafiadora trazer um ‘bate-bola’, uma conversa informal com torcedores dos quatro grandes times do Rio e do Grêmio, como representante gaúcho. A live tem como objetivo falar um pouco sobre futebol e os times de cada um dos debatedores, mas não temos como fugir da questão de como a pandemia e o retorno das atividades do esporte, mais especificamente do futebol, estão sendo vistos pelos torcedores”, pontuou Laís.
Futebol e pandemia são antagônicas, na visão do desembargador Rogério. Ele destacou que o futebol é poderoso em todo o mundo, e que “não há nada mais planetário que o futebol”. “Estamos em um evento que também é planetário, a pandemia. Isso impactou muito o futebol, porque ele é aglomeração, contato nos estádios, reunião para ver os jogos. O mundo do futebol foi grandemente afetado.”
O botafoguense Mário Sérgio se solidarizou com os familiares das quase 100 mil vítimas da Covid-19 no Brasil e, assim como todos os demais participantes, destacou que o retorno dos campeonatos foi prematuro. Para Rafael Pazos, a volta do esporte deveria acontecer apenas quando o país apresentasse condições adequadas, assim como outros esportes e eventos esportivos estão fazendo.
“Houve uma pressão enorme para o retorno e sem respeito algum aos mortos, com jogos no Maracanã ao lado de um hospital de campanha. Isso me causou muita perplexidade. Fiquei orgulhoso porque o meu clube, assim como o Fluminense, se posicionou contra esse absurdo”, afirmou o botafoguense.
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Acompanhado da filha, Glener Stroppa disse ser um prazer conversar sobre futebol com os colegas em um momento delicado como o que passa o país. “Mas sou completamente contrário à volta do futebol. Assino embaixo do que todos disseram, porque não era o momento de voltar a jogar bola e voltar aos estádios. Fiquei até preocupado em ter a chance de liberarem acesso da torcida”, ressaltou.
Paixão pelo esporte
O tricolor André Amorim elogiou a iniciativa da associação, por diversificar os assuntos tratados nas transmissões. “Achei muito interessante e quis participar dessa live sobre futebol porque é um assunto que me interessa”, disse.
“As pessoas às vezes acham que nós não falamos de outros assunto, mas só de Direito e julgamento. Acham que a gente só pensa em Direito do Trabalho. Isso faz parte do nosso dia a dia, mas também pensamos em outros diversos assuntos, entre eles o futebol. Que é a nossa paixão. Mas eu sou apaixonado mesmo é pelo Fluminense”, completou o também tricolor Fabiano Luzes.
Representando a região Sul do país, Patrícia Lampert falou sobre a origem de seu amor pelo tricolor gaúcho.
“O esporte faz parte da minha vida e tem muitos ensinamentos envolvidos. Fico feliz em ser um time visitante no meio de tantos cariocas e poder expor essa minha paixão que é o futebol. Para mim, vai muito além do futebol, vem de família. E minha paixão pelo Grêmio vem da minha avó materna, que era a maior fanática que já conheci.”
Racismo no futebol
Outro tópico abordado na conversa foi o episódio de ofensa racial de um comentarista de rádio contra o jogador Marinho, do Santos, após a eliminação do clube no campeonato paulista.
“Mais uma vez, temos que lidar com esse tipo de situação no futebol e no mundo, de maneira geral. É algo que precisa mudar e melhorar. Tem que ser tratado, debatido e falado para que possa ser mudado”, destacou o rubro-negro Nikolai.
O magistrado aposentado Jorge afirmou se orgulhar da história do Vasco contra a discriminação racial no futebol. “Sinto orgulho por ter sido o Vasco o clube que desenvolveu mais ainda o esporte. Porque, se não existissem os negros no futebol, talvez Pelé não estivesse aí. Até então, era um esporte de brancos.”
Veja a live na íntegra:
< VOLTAR
“É uma missão desafiadora trazer um ‘bate-bola’, uma conversa informal com torcedores dos quatro grandes times do Rio e do Grêmio, como representante gaúcho. A live tem como objetivo falar um pouco sobre futebol e os times de cada um dos debatedores, mas não temos como fugir da questão de como a pandemia e o retorno das atividades do esporte, mais especificamente do futebol, estão sendo vistos pelos torcedores”, pontuou Laís.
Futebol e pandemia são antagônicas, na visão do desembargador Rogério. Ele destacou que o futebol é poderoso em todo o mundo, e que “não há nada mais planetário que o futebol”. “Estamos em um evento que também é planetário, a pandemia. Isso impactou muito o futebol, porque ele é aglomeração, contato nos estádios, reunião para ver os jogos. O mundo do futebol foi grandemente afetado.”
O botafoguense Mário Sérgio se solidarizou com os familiares das quase 100 mil vítimas da Covid-19 no Brasil e, assim como todos os demais participantes, destacou que o retorno dos campeonatos foi prematuro. Para Rafael Pazos, a volta do esporte deveria acontecer apenas quando o país apresentasse condições adequadas, assim como outros esportes e eventos esportivos estão fazendo.
“Houve uma pressão enorme para o retorno e sem respeito algum aos mortos, com jogos no Maracanã ao lado de um hospital de campanha. Isso me causou muita perplexidade. Fiquei orgulhoso porque o meu clube, assim como o Fluminense, se posicionou contra esse absurdo”, afirmou o botafoguense.
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Acompanhado da filha, Glener Stroppa disse ser um prazer conversar sobre futebol com os colegas em um momento delicado como o que passa o país. “Mas sou completamente contrário à volta do futebol. Assino embaixo do que todos disseram, porque não era o momento de voltar a jogar bola e voltar aos estádios. Fiquei até preocupado em ter a chance de liberarem acesso da torcida”, ressaltou.
Paixão pelo esporte
O tricolor André Amorim elogiou a iniciativa da associação, por diversificar os assuntos tratados nas transmissões. “Achei muito interessante e quis participar dessa live sobre futebol porque é um assunto que me interessa”, disse.
“As pessoas às vezes acham que nós não falamos de outros assunto, mas só de Direito e julgamento. Acham que a gente só pensa em Direito do Trabalho. Isso faz parte do nosso dia a dia, mas também pensamos em outros diversos assuntos, entre eles o futebol. Que é a nossa paixão. Mas eu sou apaixonado mesmo é pelo Fluminense”, completou o também tricolor Fabiano Luzes.
Representando a região Sul do país, Patrícia Lampert falou sobre a origem de seu amor pelo tricolor gaúcho.
“O esporte faz parte da minha vida e tem muitos ensinamentos envolvidos. Fico feliz em ser um time visitante no meio de tantos cariocas e poder expor essa minha paixão que é o futebol. Para mim, vai muito além do futebol, vem de família. E minha paixão pelo Grêmio vem da minha avó materna, que era a maior fanática que já conheci.”
Racismo no futebol
Outro tópico abordado na conversa foi o episódio de ofensa racial de um comentarista de rádio contra o jogador Marinho, do Santos, após a eliminação do clube no campeonato paulista.
“Mais uma vez, temos que lidar com esse tipo de situação no futebol e no mundo, de maneira geral. É algo que precisa mudar e melhorar. Tem que ser tratado, debatido e falado para que possa ser mudado”, destacou o rubro-negro Nikolai.
O magistrado aposentado Jorge afirmou se orgulhar da história do Vasco contra a discriminação racial no futebol. “Sinto orgulho por ter sido o Vasco o clube que desenvolveu mais ainda o esporte. Porque, se não existissem os negros no futebol, talvez Pelé não estivesse aí. Até então, era um esporte de brancos.”
Veja a live na íntegra:
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