30 de setembro de 2020 . 15:12

Filmes sobre a juíza Ruth Bader Ginsburg são tema da live cultural da AMATRA1

A trajetória da juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos Ruth Bader Ginsburg, retratada no filme “Suprema” e no documentário “A Juíza”, será abordada na live cultural da AMATRA1 desta sexta-feira (2). O juiz do Trabalho João Renda e o mestre em Direito pela Universidade de Harvard João Victor Archegas vão conversar sobre a carreira e o legado da magistrada, que morreu em 18 de setembro, aos 87 anos, e os debates sobre sua sucessão. A mediação do encontro será da 1ª vice-presidente da AMATRA1, Alessandra Magalhães. A live terá transmissão a partir das 17h, no canal da associação no YouTube e no Facebook.

RBG, como a juíza progressista é conhecida, foi a segunda mulher a integrar a Suprema Corte americana, em 1993. Também foi uma das primeiras mulheres a entrar na Faculdade de Direito da Universidade de Harvard. Desde sua trajetória como advogada, se dedicou à defesa da igualdade de gênero, dos direitos das mulheres e de outras questões relacionadas aos direitos humanos, como o aborto e o casamento igualitário.

A obra ficcional “Suprema”, em que Felicity Jones interpreta Ruth, mostra sua história desde a universidade, nos anos 1950, até seu primeiro grande caso. Já o documentário “A Juíza” enfatiza também a já consolidada carreira de RBG. 

Além de debater as duas obras, o magistrado João Renda planeja mencionar algumas de suas ações na área trabalhista. Em fevereiro, ele publicou um artigo sobre a juíza que ganhou o status de “super diva”.

“Pretendo falar sobre a atuação destacada da RBG, como advogada e juíza, em casos sobre discriminação no emprego. E comentar alguns votos dissidentes enfáticos dela em casos trabalhistas”, disse.

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João Archegas vai comentar as conquistas da juíza e a polêmica sobre quem será seu sucessor. Em sua crônica sobre o dia em que encontrou Ruth pessoalmente, publicada em março no site jurídico Jota, Archegas falou da possibilidade de a magistrada ser sucedida por um “justice conservador”.

“Espero que a gente possa, primeiro, homenagear o legado de RBG, reconhecendo sua marca no desenvolvimento do Direito Constitucional e seu brilhantismo enquanto acadêmica, advogada, juíza e pessoa. Segundo, avaliar as consequências da sua substituição nos quadros da Suprema Corte dos EUA”, afirmou o pesquisador do Núcleo de Investigações Constitucionais da UFPR.

Em plena campanha pela reeleição, o presidente americano Donald Trump indicou a juíza conservadora Amy Coney Barrett. Ela precisa passar por uma sabatina no senado para ser confirmada na vaga. A escolha da sucessora de RBG esquentou ainda mais a disputa entre Trump e o candidato Democrata Joe Biden. “Se confirmada, Barrett irá alterar significativamente a composição ideológica da Corte, consolidando uma maioria conservadora e colocando em perigo precedentes históricos, como Roe v Wade”, comentou Archegas. 

Alessandra Magalhães está feliz em mediar o debate “com dois outros grandes fãs da RBG e falar um pouco sobre o legado que ela deixou para o mundo jurídico e para a sociedade, especialmente a norte-americana”.

“Ruth Ginsburg foi exemplar e quase pioneira na luta pela igualdade de direitos, notadamente entre os gêneros”, disse a 1ª vice presidente da AMATRA1.

“Suprema” está disponível no Prime Video, na HBO Go e no NOW, e “A Juíza”, no Telecine, no Vivo Play e no NOW.

Veja o trailer de “Suprema”:


Veja o trailer de “A Juíza”:
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