07 de maio de 2020 . 16:55
Quarentena pode intensificar quadros de ansiedade e pânico, diz psicanalista
Fundamental para frear a transmissão do novo coronavírus, a quarentena tem sido um grande desafio para a sociedade. O psicanalista Bruno Campos, conveniado da AMATRA1, alerta que o afastamento do convívio social pode afetar negativamente o estado psicológico das pessoas e intensificar quadros de ansiedade e pânico. Por isso, é preciso estar atento e não deixar de cuidar da saúde mental.
Segundo pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o número de casos de depressão subiu em quase 50% e de ansiedade em 80% desde o início da quarentena no Brasil. O estudo indica que mulheres — especialmente as que permanecem trabalhando presencialmente, que têm doenças preexistentes ou são sedentárias — têm maiores riscos de sofrer efeitos como estresse e ansiedade.
Para Bruno, o impacto psicológico é muito maior do que se pode mensurar. “Mesmo as pessoas que estão se queixando da quarentena subdimensionam a situação emocional. A palavra ‘confinamento’, por si só, é muito forte: estamos nos “confins”, convivendo com o fim, ou seja, atravessados pelo peso da morte. Lidando com nossa finitude. Como diria Freud, estamos face a face com nosso ‘desamparo fundamental’”, diz.
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O excesso de notícias a respeito da pandemia pode ser uma das causas do desequilíbrio emocional na quarentena. O psicanalista afirma ser um problema a falta de “filtros singulares” para consumir as informações, que faz com que as pessoas acompanhem as mídias fora de um ritmo particular e desrespeitando os momentos de cansaço e esgotamento. “A tendência é que, inicialmente, escutem tudo e, depois, não aguentem mais ouvir nada”, ressalta.
Membro titular e professor na Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle, Bruno Campos indica, aos que se interessam pelo campo clínico, a análise como uma das formas de cuidar da saúde mental e enfrentar os medos na quarentena. Além disso, destaca a busca da capacidade de pensar e escutar as notícias de forma crítica.
“Não há verdades absolutas, apenas interpretações sobre fatos. Portanto, não há caminhos óbvios. Evitemos o maniqueísmo, ou seja, evitemos odiar a diferença, odiar quem lida com o mundo de uma forma diferente da nossa. Ainda que isto seja bastante complexo e trabalhoso.”
*Foto: Freepik < VOLTAR
Segundo pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o número de casos de depressão subiu em quase 50% e de ansiedade em 80% desde o início da quarentena no Brasil. O estudo indica que mulheres — especialmente as que permanecem trabalhando presencialmente, que têm doenças preexistentes ou são sedentárias — têm maiores riscos de sofrer efeitos como estresse e ansiedade.
Para Bruno, o impacto psicológico é muito maior do que se pode mensurar. “Mesmo as pessoas que estão se queixando da quarentena subdimensionam a situação emocional. A palavra ‘confinamento’, por si só, é muito forte: estamos nos “confins”, convivendo com o fim, ou seja, atravessados pelo peso da morte. Lidando com nossa finitude. Como diria Freud, estamos face a face com nosso ‘desamparo fundamental’”, diz.
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Membro titular e professor na Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle, Bruno Campos indica, aos que se interessam pelo campo clínico, a análise como uma das formas de cuidar da saúde mental e enfrentar os medos na quarentena. Além disso, destaca a busca da capacidade de pensar e escutar as notícias de forma crítica.
“Não há verdades absolutas, apenas interpretações sobre fatos. Portanto, não há caminhos óbvios. Evitemos o maniqueísmo, ou seja, evitemos odiar a diferença, odiar quem lida com o mundo de uma forma diferente da nossa. Ainda que isto seja bastante complexo e trabalhoso.”
*Foto: Freepik < VOLTAR
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