08 de julho de 2020 . 12:18
Série da TV Justiça cria glossário com 60 termos jurídicos em Libras
A Língua Brasileira de Sinais (Libras) ganhou um glossário com 60 termos jurídicos, por meio da série “Direito em Libras”, da TV Justiça, administrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A iniciativa do Poder Judiciário tem como objetivo promover a inclusão social das pessoas com deficiência auditiva. As expressões “reclamação trabalhista”, “juiz”, “audiência”, “ação” e “recurso” foram algumas a receberem gestos específicos. Os vídeos explicativos estão disponíveis no canal da TV Justiça, no YouTube. Clique aqui para conferir.
Ao lançar o projeto, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, destacou não haver sinais para todo o vocabulário jurídico, fazendo com que os tradutores em Libras tenham que dividir as expressões letra por letra. Mas, muitas vezes, o método de soletrar em sinais impede que profissionais consigam exprimir o sentido completo do termo traduzido. “O trabalho em curso envolve a criação de novos sinais, como forma de promover a inclusão plena e efetiva de pessoas surdas”, disse.
Segundo o ministro, o trabalho vai muito além de traduzir expressões em gestos, já que a construção linguística se dá de formas diferentes em libras e no português. “Criar um glossário jurídico na Língua Brasileira de Sinais é ampliar as possibilidades de compreensão da comunidade surda acerca dos seus próprios direitos e das instituições jurídicas do país. É, assim, estabelecer condições para o amplo e efetivo exercício da cidadania pelos cerca de 10 milhões de brasileiros que apresentam algum nível de surdez.”
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A série foi desenvolvida pela Secretaria de Comunicação em parceria com o Serviço Social do Tribunal e um grupo interdisciplinar composto por intérpretes, pessoas com deficiência auditiva e uma consultora jurídica. A partir de uma lista inicial de termos, os participantes pesquisaram se já havia algum sinal que significasse cada um deles em Libras, estudaram as origens das expressões em português e seus significados jurídicos, e criaram um roteiro adaptado para as gravações.
À frente da equipe do projeto, Falk Soares Ramos Moreira - mestre em Educação, professor de Libras no Instituto Federal de Brasília (IFB) e doutorando em linguística na Universidade de Brasília (UnB) - espera que o glossário possa “ser um espelho para as outras instituições públicas”. O pesquisador, que ficou surdo com um ano e nove meses após ter meningite, disse que o grande desafio do projeto foi o entendimento da forma como os termos são usados.
Intérprete de Libras há cerca de 20 anos e há 10 atuando nas áreas legislativa e jurídica, Andreza Macedo afirmou que a criação do glossário é inovador e ajudará os deficientes auditivos no entendimento das decisões.
*Com informações do STF e do CNJ. < VOLTAR
Ao lançar o projeto, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, destacou não haver sinais para todo o vocabulário jurídico, fazendo com que os tradutores em Libras tenham que dividir as expressões letra por letra. Mas, muitas vezes, o método de soletrar em sinais impede que profissionais consigam exprimir o sentido completo do termo traduzido. “O trabalho em curso envolve a criação de novos sinais, como forma de promover a inclusão plena e efetiva de pessoas surdas”, disse.
Segundo o ministro, o trabalho vai muito além de traduzir expressões em gestos, já que a construção linguística se dá de formas diferentes em libras e no português. “Criar um glossário jurídico na Língua Brasileira de Sinais é ampliar as possibilidades de compreensão da comunidade surda acerca dos seus próprios direitos e das instituições jurídicas do país. É, assim, estabelecer condições para o amplo e efetivo exercício da cidadania pelos cerca de 10 milhões de brasileiros que apresentam algum nível de surdez.”
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À frente da equipe do projeto, Falk Soares Ramos Moreira - mestre em Educação, professor de Libras no Instituto Federal de Brasília (IFB) e doutorando em linguística na Universidade de Brasília (UnB) - espera que o glossário possa “ser um espelho para as outras instituições públicas”. O pesquisador, que ficou surdo com um ano e nove meses após ter meningite, disse que o grande desafio do projeto foi o entendimento da forma como os termos são usados.
Intérprete de Libras há cerca de 20 anos e há 10 atuando nas áreas legislativa e jurídica, Andreza Macedo afirmou que a criação do glossário é inovador e ajudará os deficientes auditivos no entendimento das decisões.
*Com informações do STF e do CNJ. < VOLTAR
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