No dia 19 de novembro, aconteceu, no TRT/RJ, a cerimônia de ratificação e posse dos desembargadores José Antonio Piton e Bruno Losada Albuquerque Lopes. Os magistrados foram promovidos pelo critério de antiguidade, por meio de decreto da Presidência da República publicado no último dia 09.
Abrindo a sessão, os desembargadores Rosana Salim Travesedo e Antonio Carlos Rodrigues foram convidados a conduzir o empossado José Antonio Píton ao seu lugar na bancada, enquanto Nelson Tomaz Braga e Márcia Nery conduziram Bruno Losada. Após a leitura do compromisso de posse, cada desembargador foi condecorado, pela desembargadora Maria de Lourdes Sallaberry, com a medalha da Ordem do Mérito Judiciário, no grau Grã-Cruz.
Representando os magistrados, os desembargadores Fernando Zorzenon e Gustavo Tadeu Alkmim saudaram os novos membros da Corte. Em seu discurso, Zorzenon falou da trajetória de vida e de carreira do amigo Piton. Por sua vez, Alkmim enalteceu as virtudes de Bruno Losada, destacando seu senso humanista. “Ele é um juiz que sofre, que se sensibiliza com as condições daqueles que batem às portas do Judiciário. Esse sentimento impulsiona e dá vida a qualquer magistrado que não seja burocrata”, afirmou.
Em sua saudação, Áurea Sampaio, presidente da Amatra1, chamou os presentes à reflexão, expondo a atual situação de desvalorização da magistratura, a qual levou a recente paralisação do Judiciário trabalhista e federal. Em suas palavras, também parabenizou os empossados pela promoção e expressou o desejo de que os novos desembargadores mantenham um canal aberto para o diálogo que deve existir entre o Tribunal e os magistrados.
Emocionados, os empossados fizeram muitos agradecimentos àqueles que, de alguma forma, ajudaram na evolução da carreira de cada um. Familiares, amigos e servidores foram citados por ambos, que afirmaram o sentimento de realização ao seguir a carreira de magistrados do Trabalho.
Além de membros da família e amigos dos novos desembargadores, estavam presentes à cerimônia, os desembargadores Doris Castro Neves, presidente do Tribunal no biênio 2007/2009, e Aloysio Santos, presidente do Tribunal no biênio 2009/2011; José Luís Campos Xavier, presidente da ACAT; o advogado José Carlos Vieira, presidente da Subseção da OAB em Nilópolis; e o procurador-geral do município de Nilópolis, José Carlos Viriato de Medeiros, representando o prefeito.
Sobre os novos Desembargadores
Paulistano de São José do Rio Preto, o desembargador José Antonio Piton graduou-se em Direito em 1983 pela Universidade Cândido Mendes, tendo ainda concluído os cursos superiores de Teologia, pela Pontifícia Universidade Católica, em 1975, e Filosofia, pela Universidade Federal de Juiz de Fora, em 1976, além de ter cursado essas disciplinas na Espanha, de 1969 a 1972. Mais recentemente, cursou pós-graduação em Administração Judiciária na Fundação Getúlio Vargas, em 2009.
Em sua carreira profissional, já atuou como professor de filosofia, psicologia e sociologia; como jornalista revisor do Jornal O Globo; como fiscal de tributos do extinto Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA); e como oficial de justiça do TJ/RJ, cargo exercido de 1984 a 1993. Exerceu o sacerdócio por dois anos no Rio de Janeiro, inclusive como coadjutor na Catedral da Antiga Sé – Centro, RJ. Sua carreira como juiz do Trabalho Substituto teve início em 1993, e em 1997 foi promovido a juiz do Trabalho Titular, assumindo a 33ª Junta de Conciliação e Julgamento. Atuou ainda na 7ª VT/RJ, na 70ª VT/RJ e na Vara Única do Trabalho de Nilópolis, entre outras. Ao ser promovido para o cargo de desembargador, atuava como juiz convocado na segunda instância do TRT/RJ.
O desembargador Bruno Losada Albuquerque Lopes, natural do Rio de Janeiro, teve como primeira formação a de engenheiro civil, graduado pela Pontifícia Universidade Católica em 1985. A graduação em Direito veio em 1990, pelas Faculdades Integradas Cândido Mendes, seguida de conclusão de curso na Escola da Magistratura do Rio de Janeiro – Emerj, em 1993. Também cursou doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad del Museo Social Argentino, em convênio com a Universidade Estácio de Sá.
Sua carreira profissional foi marcada pela atuação como funcionário do Banco do Brasil, de 1981 a 1993, ano em que tomou posse como juiz do Trabalho Substituto. Já em 1994, foi promovido a juiz Titular, tendo atuado nas 6ª, 45ª, 61ª e 80ª Varas do Trabalho do Rio de Janeiro. Fez ainda diversos cursos de aperfeiçoamento, proferiu inúmeras palestras e participou de várias bancas examinadoras de concursos públicos para juiz do Trabalho.