13 de junho de 2019 . 13:33
Inscrições para juiz viver dia em outra profissão acabam sexta-feira (14)
Por um dia, juízes trabalham como cobradores de ônibus, serventes e copeiros, funções normalmente exercidas por quem tem menos escolaridade e pouco prestígio. Essa é a proposta da atividade que permite a juízes viver as dificuldades de outra profissão, promovida pela Escola Judicial do TRT-1. Em sua terceira edição, a iniciativa tem o objetivo de preparar os magistrados para enfrentar as complexidades vividas pelos trabalhadores no cotidiano. As inscrições podem ser feitas online e estão abertas só até esta sexta-feira (14).
A atividade faz parte do Projeto Pedagógico Institucional da Escola e consiste em uma experiência etnográfica, que estuda objetos a partir de vivências imersivas no contexto onde se inserem. Ao entrarem em contato direto com empregados e empregadores do segmento econômico, os magistrados deixam o isolamento institucional e têm a oportunidade de ouvir as pessoas.
Antes disso, são realizados encontros teóricos preparatórios e treinamentos nas empresas. Ao final do trabalho de campo, planejado para ocorrer em 27 de julho, os magistrados devem redigir um diário das atividades. Confira mais detalhes sobre as etapas lendo o edital.
Para esta edição, serão 19 vagas, distribuídas nos seguintes postos de trabalho: cobrador de ônibus; servente de limpeza; jardineiro; auxiliar de serviços gerais; servente; servente externo; telefonista; copeira e operação de tráfego.
Experiências viram livro
Em 2018, os relatos dos juízes se transformaram em livro digital publicado pela Escola Judicial do TRT-1. A obra traz aos leitores não só as histórias, como também a apresentação de todo o processo metodológico e preparatório.
Para Anelise Haase de Miranda, a experiência foi um exercício de empatia e despertou múltiplos sentimentos. A associada da AMATRA1 trabalhou como gari. “Percebi que o trabalho era absolutamente interminável. Nem tanto pelo vento, mas pela repetição insana do lixo: mais e mais pessoas passavam e continuavam jogando coisas ao chão, inclusive onde já havíamos varrido. Como descrever o sentimento daí derivado?”, indagou no livro.
A juíza Daniela Muller, também associada, atuou como operadora de caixa em um supermercado. Magistrada há 16 anos, foi a primeira vez que assumiu, ainda que por um dia, uma atividade profissional completamente diferente.
“Ao final do dia, percebi que eu jamais havia me colocado na posição daqueles trabalhadores. Resolvi listar as atividades que em algum momento eu havia executado em troca de dinheiro, e nenhuma era equivalente àquela vaga de emprego. Apesar de ter mantido contato com a população mais pobre – ao atuar como advogada e juíza – ser introduzida naquele mundo daquela maneira constituiu-se como uma experiência pontiaguda e decisiva”, relatou. < VOLTAR
A atividade faz parte do Projeto Pedagógico Institucional da Escola e consiste em uma experiência etnográfica, que estuda objetos a partir de vivências imersivas no contexto onde se inserem. Ao entrarem em contato direto com empregados e empregadores do segmento econômico, os magistrados deixam o isolamento institucional e têm a oportunidade de ouvir as pessoas.
Antes disso, são realizados encontros teóricos preparatórios e treinamentos nas empresas. Ao final do trabalho de campo, planejado para ocorrer em 27 de julho, os magistrados devem redigir um diário das atividades. Confira mais detalhes sobre as etapas lendo o edital.
Para esta edição, serão 19 vagas, distribuídas nos seguintes postos de trabalho: cobrador de ônibus; servente de limpeza; jardineiro; auxiliar de serviços gerais; servente; servente externo; telefonista; copeira e operação de tráfego.
Experiências viram livro
Em 2018, os relatos dos juízes se transformaram em livro digital publicado pela Escola Judicial do TRT-1. A obra traz aos leitores não só as histórias, como também a apresentação de todo o processo metodológico e preparatório.
Para Anelise Haase de Miranda, a experiência foi um exercício de empatia e despertou múltiplos sentimentos. A associada da AMATRA1 trabalhou como gari. “Percebi que o trabalho era absolutamente interminável. Nem tanto pelo vento, mas pela repetição insana do lixo: mais e mais pessoas passavam e continuavam jogando coisas ao chão, inclusive onde já havíamos varrido. Como descrever o sentimento daí derivado?”, indagou no livro.
A juíza Daniela Muller, também associada, atuou como operadora de caixa em um supermercado. Magistrada há 16 anos, foi a primeira vez que assumiu, ainda que por um dia, uma atividade profissional completamente diferente.
“Ao final do dia, percebi que eu jamais havia me colocado na posição daqueles trabalhadores. Resolvi listar as atividades que em algum momento eu havia executado em troca de dinheiro, e nenhuma era equivalente àquela vaga de emprego. Apesar de ter mantido contato com a população mais pobre – ao atuar como advogada e juíza – ser introduzida naquele mundo daquela maneira constituiu-se como uma experiência pontiaguda e decisiva”, relatou. < VOLTAR
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