06 de setembro de 2013 . 00:00

TRT/RJ - Tribunal Pleno cria comissão para estudar descentralização de Varas

 Em Sessão Extraordinária na tarde de quinta-feira (5/9), no Plenário Délio Maranhão, o Tribunal Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ) resolveu instituir uma comissão de estudos para analisar a proposta de divisão da jurisdição das 82 Varas do Trabalho da Capital.

A criação da comissão recebeu apoio da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 1ª Região (Amatra-1), da Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região e da seccional Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), cujos representantes compareceram à sessão, presidida pelo desembargador Carlos Alberto Araujo Drummond, presidente do TRT/RJ.

TRIBUNAL PLENO
O presidente do TRT/RJ, desembargador Carlos Alberto Araujo Drummond, fala ao Tribunal Pleno, observado pela procuradora-chefe do MPT-1ª Região, Teresa Cristina Basteiro: ele lembrou que a descentralização é um dos objetivos estratégicos do Poder Judiciário

O Comitê de Apoio à Administração (CAD) aprovou, no dia 23 de julho, minuta de Resolução Administrativa que divide a jurisdição das VTs da Capital em três regiões - Centro-Sul, Oeste e Norte -, com o objetivo de facilitar o acesso dos jurisdicionados à Justiça do Trabalho.

Além da mobilidade urbana, a comissão agora criada avaliará outros aspectos da proposta, como possíveis conflitos de competência que surgiriam com a descentralização e o impacto do Processo Judicial Eletrônico (PJe-JT) sobre a medida.

PJe-JT: NOVA VERSÃO NESTA 6ª F (6/9)

Também durante a Sessão Extraordinária do Tribunal Pleno, o desembargador do TRT/MG Ricardo Mohallem, coordenador nacional do PJe-JT/2ª instância, falou aos membros do colegiado sobre os recentes problemas que o sistema apresentou no Rio de Janeiro. Segundo o magistrado, a nova versão do PJe-JT, que será liberada para o Regional fluminense nesta sexta-feira (6/9), deve eliminar boa parte dos problemas, como o gargalo na subida de recursos da 1ª para a 2ª instância.

Ainda de acordo com o desembargador Mohallem, o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) considerou positiva a recente visita de comissão do TRT/RJ a Brasília para tratar da instabilidade do sistema verificada no fim de agosto. "É preciso reconhecer o problema e agir com a máxima transparência", salientou. O desembargador do Trabalho da 1ª Região Jorge Fernando Gonçalves da Fonte, que integrou a comissão, leu para a Corte um relatório sobre a visita, no qual destacou a preocupação do CSJT em solucionar os problemas apresentados.

TRIBUNAL PLENO DESEMBARGADOR MOHALLEM
Desembargador Ricardo Mohallem faz um balanço das medidas adotadas pelo CSJT contra a instabilidade do PJe-JT

Ao lembrar que as dificuldades com o PJe-JT não ocorrem apenas no TRT/RJ, o desembargador esclareceu que, no fim de agosto, os computadores no Rio de Janeiro sofreram com a vulnerabilidade do sistema. A questão da segurança foi resolvida, mas ao custo do colapso dos serviços quando aumentou o número de acessos. O sistema só parou de cair seguidamente com o início da triagem de demandas e a divisão igualitária de servidores (máquinas) entre os públicos externo e interno.

"Em até 60 dias, será realizada licitação para aquisição de equipamento com mais rapidez e capacidade de armazenamento. Até o fim do ano, estaremos trabalhando com uma ferramenta mais confiável", antecipou o coordenador nacional do PJe-JT/2ª instância.

Outra preocupação dos magistrados, a distribuição de processos, deverá ter parâmetros mais claros até o fim de setembro, quando um grupo de trabalho sobre o tema apresentará suas conclusões ao Colégio de Presidentes e Corregedores de Tribunais Regionais do Trabalho (Coleprecor), que depois orientará os Regionais, como informou o desembargador.

Ele destacou, ainda, que a proposta do TRT/GO, recentemente aprovada pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), de liberar o acesso para visualização de autos por meio apenas de login e senha já está sendo testada em Brasília, com resultados positivos. Até então, o acesso dependia de um certificado digital.

PROMOÇÃO DE MAGISTRADOS

O Pleno também indicou a promoção de três juízes Substitutos para provimento de vagas no cargo de Juiz Titular de Vara do Trabalho. São eles:

Juíza Cristina Almeida de Oliveira, promovida pelo critério de antiguidade em decorrência do acesso da desembargadora Dalva Amélia de Oliveira.

Juiz Flavio Alves Pereira, promovido por merecimento em decorrência do acesso do desembargador José Antonio Piton.

Juiz Rodrigo Dias Pereira, promovido por antiguidade em decorrência do acesso do desembargador Paulo Marcelo de Miranda Serrano.

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