19 de fevereiro de 2024 . 13:54
Desigualdade de gênero persiste no mercado de trabalho
Apesar dos avanços recentes no mercado de trabalho, a desigualdade de gênero persiste como uma dura realidade, conforme indicam dados da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com um cenário de recuperação econômica e redução do desemprego, as disparidades salariais e a alta informalidade são desafios que afetam principalmente as mulheres.
Especialistas apontam para a relação entre a estrutura patriarcal da sociedade e as diferenças ocupacionais como principais causas da disparidade salarial entre trabalhadores dos sexos masculino e feminino.
Em entrevista à emissora de TV GloboNews, a economista Juliane Furno, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), falou sobre as dinâmicas do mercado de trabalho nacional e as desigualdades existentes entre homens e mulheres provocadas pelas segregação ocupacional.
"As mulheres são, principalmente, trabalhadoras de ocupações que têm um rendimento marginal menor. E isso, obviamente, também tem relação com a estrutura patriarcal da sociedade. Então, as mulheres vão ser professoras primárias, vão trabalhar com setor de cuidados, de educação. Aquilo que a divisão sexual do trabalho apresenta para as mulheres como uma extensão das atividades de reprodução, das atividades que são ali naturalizadas como próprias das mulheres", afirmou a economista.
Juliane Furno ressaltou que o mercado de trabalho brasileiro está aquecido com medidas do atual governo, o que gerou mais empregos na base da pirâmide social, onde estão principalmente as mulheres e os negros. Ela explica que o salário das mulheres cresce mais rapidamente devido a esse dinamismo na base, mas enfatizou que, ainda assim, são salários menores do que os das carreiras típicas ocupadas pelos homens.
O alto índice de informalidade, que afeta especialmente os trabalhadores por conta própria, também contribui para a perpetuação das disparidades salariais e das condições precárias de trabalho para muitas mulheres.
Dia Internacional das Mulheres
Em 8 de março, o mundo celebra o Dia Internacional das Mulheres. A data teve origem no movimento operário, em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam em Nova York por melhores condições de trabalho. A data internacional foi celebrada pela primeira vez em 1911 na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.
Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, a data é uma ocasião para saudar os avanços das mulheres e aumentar a conscientização sobre a desigualdade de gênero.
Com informações da GloboNews em vídeo vinculado ao canal da economista - Foto: Imagem ilustrativa / Fundação FEAC.
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Especialistas apontam para a relação entre a estrutura patriarcal da sociedade e as diferenças ocupacionais como principais causas da disparidade salarial entre trabalhadores dos sexos masculino e feminino.
Em entrevista à emissora de TV GloboNews, a economista Juliane Furno, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), falou sobre as dinâmicas do mercado de trabalho nacional e as desigualdades existentes entre homens e mulheres provocadas pelas segregação ocupacional.
"As mulheres são, principalmente, trabalhadoras de ocupações que têm um rendimento marginal menor. E isso, obviamente, também tem relação com a estrutura patriarcal da sociedade. Então, as mulheres vão ser professoras primárias, vão trabalhar com setor de cuidados, de educação. Aquilo que a divisão sexual do trabalho apresenta para as mulheres como uma extensão das atividades de reprodução, das atividades que são ali naturalizadas como próprias das mulheres", afirmou a economista.
Juliane Furno ressaltou que o mercado de trabalho brasileiro está aquecido com medidas do atual governo, o que gerou mais empregos na base da pirâmide social, onde estão principalmente as mulheres e os negros. Ela explica que o salário das mulheres cresce mais rapidamente devido a esse dinamismo na base, mas enfatizou que, ainda assim, são salários menores do que os das carreiras típicas ocupadas pelos homens.
O alto índice de informalidade, que afeta especialmente os trabalhadores por conta própria, também contribui para a perpetuação das disparidades salariais e das condições precárias de trabalho para muitas mulheres.
Dia Internacional das Mulheres
Em 8 de março, o mundo celebra o Dia Internacional das Mulheres. A data teve origem no movimento operário, em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam em Nova York por melhores condições de trabalho. A data internacional foi celebrada pela primeira vez em 1911 na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.
Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, a data é uma ocasião para saudar os avanços das mulheres e aumentar a conscientização sobre a desigualdade de gênero.
Com informações da GloboNews em vídeo vinculado ao canal da economista - Foto: Imagem ilustrativa / Fundação FEAC.
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