23 de maio de 2013 . 00:00

PAINEL – O Associativismo e os Direitos Humanos uma Trajetória que celebra os 70 Anos da CLT

Áurea Sampaio dá início ao Seminário que homenageia o jubileu da amatra1

 

Começou, na tarde do dia 23, o "Seminário Direitos Humanos, Magistratura e Associativismo em Evolução", evento que faz parte das comemorações pelo jubileu da Amatra1. O primeiro dia foi marcado por relatos históricos sobre o movimento associativo no Brasil, em especial acerca da missão que a Amatra1 assume, de luta pela independência e autonomia do Poder Judiciário e pela garantia das prerrogativas dos magistrados. O evento, realizado no Plenário Délio Maranhão, no TRT/RJ,  reuniu magistrados, servidores e estudantes.

Iniciando o painel intitulado “O Associativismo e os Direitos Humanos – uma trajetória que celebra os 70 anos da CLT”, a desembargadora aposentada Anna Acker, uma das 24 fundadoras da Amatra1, brindou os participantes com uma rica aula de história, falando sobre os primórdios do movimento associativo no Brasil, citando nomes importantes da Política e da magistratura, em uma trajetória que se entrelaça na linha do tempo. “O que aconteceu em 1963 foi uma euforia associativa e de conquistas sociais. A situação política daquela época facilitou a ideia de fundarmos a Associação que, inicialmente, chamou-se de AMAT”, disse a magistrada.

Ao final, Anna ressalvou que o associativismo não existe para que os juízes obtenham vantagens, mas, sim, para que se busque melhores condições para realização da atividade judicante. “O associativismo não é para que os magistrados se sintam acima da sociedade. Na verdade, são membros de uma sociedade e devem ser úteis, honestos e fazer, do ato de oferecer Justiça, uma coisa nobre”, afirmou.

 

                         A desa. Anna Acker  deu uma aula de história do associativismo no Estado

 

Traçando os diferentes perfis da Amatra1, ao longo de seus 50 anos, o desembargador Gustavo Tadeu Alkmim, que presidiu a Associação em 1995, também falou sobre a diferença entre os juízes mais antigos e os que ingressam, atualmente, na magistratura. Para ele, é preciso que esses novos juízes conheçam a história da Amatra1, pois foi por conta de sua trajetória que ganhou respeitabilidade e legitimidade para ser ouvida e respeitada. “A Associação deixou de ser apenas uma instituição preocupada com encontros e festas, para revelar um perfil político e uma postura de luta pela preservação do Direito do Trabalho e da independência da magistratura”, explicou ele.

 

 

          Gustavo Alkmim falou dos juízes e ontem e de hoje

 

Fechando o painel do primeiro dia de evento, o juiz Cláudio Montesso, que também já esteve à frente da Amatra1, em 2001, contou fatos de seu ingresso nos quadros da Associação, para ilustrar a importância de os magistrados fazerem parte do movimento associativo. “Numa profissão tão solitária como a de juiz, é preciso conviver em associação, proteger-se em conjunto e agir coletivamente. Estar fora é o mesmo que não estar. Viver em associação é um exercício permanente de tolerância e de respeito. Fazemos isso todos os dias na nossa profissão, no contato com as partes de um processo, então, precisamos fazer isso entre nós também”.

 

Cláudio Montesso falou do orgulho de participar do movimento associativo

 

Solenidade de abertura

Além da presidente da Amatra1, Áurea Sampaio, compuseram a mesa de abertura do evento a procuradora-chefe do MPT/RJ, Teresa Basteiro; o presidente e o diretor da Escola Judicial do TRT/RJ, desembargadores Carlos Drummond e Evandro Valadão; e o ex-presidente da Anamatra, Renato Henry.

 

Na abertura dos trabalhos do Seminário, a presidente da Amatra1, Áurea Sampaio, destacou alguns detalhes da fundação da Associação, além de ter traduzido a importância do movimento associativo para o engrandecimento da Justiça do Trabalho. “Ao longo destes 50 anos, a Amatra1 cresceu, adquiriu respeito e credibilidade no cenário regional e nacional, mas não descuidou da luta diária pelas garantias da magistratura trabalhista, por melhores condições de trabalho”, afirmou ela.

Concluindo, citou os desafios que virão pela frente, como a busca pela democratização interna do Poder Judiciário. “Precisamos lutar pelo direito de assento e voz das Amatras nas sessões administrativas dos Tribunais e pelas eleições diretas para seus cargos diretivos”, disse. Na ocasião, Áurea também agradeceu a todos que colaboraram para a realização do evento, que teve o Banco do Brasil como empresa patrocinadora. 

Também compuseram a mesa a procuradora-chefe do MPT/RJ, Teresa Basteiro; o presidente do TRT/RJ, desembargador Carlos Alberto Drummond; o diretor da Escola Judicial, desembargador Evandro Valadão; e o ex-presidente da Anamatra, Renato Henry, no ato representando o recém-empossado presidente, Paulo Schmidt.

Em suas falas, após parabenizarem a Associação pelo seu jubileu, enalteceram a importância da missão da Amatra1 na defesa da autonomia do Poder Judiciário e na efetividade das decisões judiciais.

 

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