21 de agosto de 2019 . 15:57

Jovens aprendem fotografia e a elaborar currículo na Semana da Aprendizagem

Cento e vinte jovens cadastrados em instituições formadoras de aprendizes participaram nesta quarta-feira (21) de seis oficinas oferecidas na 4ª Semana Nacional da Aprendizagem, na sede do TRT-1. O evento foi promovido pela AMATRA1, em parceria com os demais órgãos do Acordo de Cooperação para Combate ao Trabalho Infantil do Estado do Rio de Janeiro.

Ao longo da manhã, os 120 jovens se dividiram em grupos para participar de oficinas de elaboração de currículo; comportamento em entrevistas; técnicas de fotografia; instruções sobre sexualidade e saúde; jogos profissionais; e aula de percussão.

Jovens aprendizes receberam cartilhas e certificado durante a 4ª Semana Nacional de Aprendizagem

Segundo a vice-presidente da AMATRA1, Adriana Leandro, “é muito bom ver o Tribunal cheio de juventude e alegria”. “O evento foi idealizado para proporcionar a vocês, nossos protagonistas, um dia de sorrisos, mas também de reflexão. O projeto é fruto de ação de várias mãos que acreditam na importância da aprendizagem como um caminho para um futuro melhor. E é isso que a AMATRA1 deseja a todos”, afirmou Adriana, que agradeceu aos organizadores do evento. Ela é gestora regional de primeiro grau do Programa Nacional de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem do TRT-1.

Jovens aprendizes se divertiram com a oficina de jogos profissionais

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O desembargador José Luís Campos Xavier, gestor regional de segundo grau do Programa, afirmou que a admissão de aprendizes é essencial para todos. “Estamos aqui para alertar a sociedade sobre a importância de dar a oportunidade para o jovem mostrar seu potencial. Ele precisa de educação, lazer e moradia digna, mas também de trabalho. Queremos levar ao máximo de pessoas a mensagem de que contratar um jovem aprendiz, além de ser obrigação de muitas empresas, é um enorme benefício para a sociedade. Não existe economia forte sem acesso ao emprego”, disse.

Participantes relataram experiência em oficinas

Aprendiz da empresa Dasa há 5 meses, Gabriel Carneiro, de 18 anos, escolheu a oficina da Rede de Adolescentes e Jovens Promotores (RAP) da Saúde e afirmou ter sido apresentado a novos conceitos.

“Falamos sobre sexualidade e bullying. Aprendi muita coisa, como informações sobre pessoas transgêneros. Esse tipo de evento é interessante porque mostra que os jovens precisam e podem ter oportunidades para sair de caminhos errados como a vida do crime e das drogas”, disse.

A oficina com a RAP da Saúde promoveu reflexão sobre sexualidade e bullying

Aprendiz do Instituto Brasileiro Pró-Educação, Trabalho e Desenvolvimento (ISBET) Wellington Martins, 20 anos, ressaltou que as oficinas servem como fonte de informação. “A Aprendizagem ainda não é um assunto muito falado, e muita gente perde oportunidade por falta de informação. Aprendi muito sobre comportamento durante entrevistas de emprego.”

Parte da programação aconteceu no Centro Cultural do TRT-1. “Estamos voltados a tudo que for ligado à conscientização e ao povo. Iniciativas assim dão uma outra visão para os jovens, que precisam se sentir amparados e certas de que não são invisíveis”, destacou a diretora do Centro Cultural, desembargadora Ana Maria Soares de Moraes.

Diretora do Centro Cultural, a desembargadora Ana Maria Soares recebeu os ritmistas da Estácio de Sá no TRT-1

Palestrante da oficina de fotografia, o juiz Cláudio Olímpio explicou que o objetivo era mostrar aos jovens aprendizes uma possibilidade de trabalho e criação artística por meio da fotografia. “Fizemos uma pequena exposição com alguns conceitos básicos e história da fotografia. É interessante que eles tenham a oportunidade de conhecer novas possibilidades de profissão e também de lazer”, afirmou o magistrado.

O juiz do Trabalho Cláudio Olímpio ministrou a oficina de fotografia

As fotos tiradas pelos jovens foram exibidas em uma roda de conversas promovida por Patrick Pereira, 17 anos, e Lucas Marçal, 21 anos, do RAP da Saúde. De forma descontraída, interagiram com os participantes. Adriana Leandro participou do bate-papo esclarecendo dúvidas sobre a Lei de Aprendizagem.

A bateria da Escola de Samba Estácio de Sá, que deu a oficina de percussão, fez uma apresentação para encerrar o evento no auditório do TRT-1.

Bateria da Escola de Samba Estácio de Sá encerrou o evento < VOLTAR