16 de novembro de 2018 . 16:31
Há exatos 25 anos tomavam posse como juízes do TRT-1 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região) 31 bacharéis em Direito. A AMATRA1 parabeniza todos os colegas pelo Jubileu de Prata da posse.
Uma das aprovadas naquele concurso, a juíza aposentada Márcia Cristina Teixeira Cardoso lembra do clima de improviso na posse. Com o auditório do Tribunal Pleno em obras, a solenidade foi realizada no Salão Nobre, espaço reduzido e sem lugar para todos os familiares e convidados. Nem mesmo toga havia para os futuros juízes.
“Acredito que nossa posse tenha sido a única realizada sem toga. Sim, as togas fornecidas pela empresa contratada eram todas de um mesmo tamanho e não levaram em conta a diversidade de tamanho, especialmente peso e altura. Então, entramos no Salão, sem toga, para espanto de todos”, rememora a magistrada.
Leia também: Secretaria de Direitos Humanos adere ao Acordo de Combate ao Trabalho Infantil
O clima de informalidade era tal que o presidente do TRT-1 na gestão 1993/1994, José Maria de Mello Porto, não participou da cerimônia de posse. Coube ao vice-presidente, Alédio Vieira Braga, fazer a saudação aos novos magistrados.
“Paradoxalmente, no mesmo dia e hora designados para a posse, achou ele [Mello Porto> por bem em fazer o lançamento da pedra fundamental de uma sede de Junta de Conciliação e Julgamento no interior”, disse Márcia Cristina.
Também empossado naquele dia, o juiz André Villela recorda as dificuldades da carreira, como a falta de segurança, as tentativas de intervenção em processos do 1º grau e a ausência de critérios objetivos para a promoção. Questões que foram superadas, segundo ele, com a mobilização dos juízes e a atuação da AMATRA1.
Os desafios para os juízes do Trabalho de hoje são outros, diz André Villela. Os constantes ataques à Justiça do Trabalho e a subordinação do mundo do trabalho ao “mercado” e ao capital preocupam. Mas o juiz continua otimista.
“Não canso de dizer que não me arrependo de ter aberto mão do Ministério Público do Trabalho para aqui estar ao lado de todos os colegas, na contínua luta, onde muito foi conquistado nestes anos, sempre com a atuação da AMATRA1, que tive a honra de presidir no biênio 2009/2011. Muitos anos que me enchem de orgulho, lembranças e saudades. Parabéns e grande abraço e beijos aos colegas.”
Na trajetória de 25 anos, a maioria permanece na ativa. Alguns se aposentaram. Uma juíza foi removida para o TRT-3. Dois magistrados migraram para a Justiça Federal. Quatro morreram.
Confira a lista dos 31 aprovados no segundo concurso de 1993:
Falecidos
Turma de 1993 completa 25 anos da posse na magistratura do Trabalho
Há exatos 25 anos tomavam posse como juízes do TRT-1 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região) 31 bacharéis em Direito. A AMATRA1 parabeniza todos os colegas pelo Jubileu de Prata da posse.
Uma das aprovadas naquele concurso, a juíza aposentada Márcia Cristina Teixeira Cardoso lembra do clima de improviso na posse. Com o auditório do Tribunal Pleno em obras, a solenidade foi realizada no Salão Nobre, espaço reduzido e sem lugar para todos os familiares e convidados. Nem mesmo toga havia para os futuros juízes.
“Acredito que nossa posse tenha sido a única realizada sem toga. Sim, as togas fornecidas pela empresa contratada eram todas de um mesmo tamanho e não levaram em conta a diversidade de tamanho, especialmente peso e altura. Então, entramos no Salão, sem toga, para espanto de todos”, rememora a magistrada.
Leia também: Secretaria de Direitos Humanos adere ao Acordo de Combate ao Trabalho Infantil
O clima de informalidade era tal que o presidente do TRT-1 na gestão 1993/1994, José Maria de Mello Porto, não participou da cerimônia de posse. Coube ao vice-presidente, Alédio Vieira Braga, fazer a saudação aos novos magistrados.
“Paradoxalmente, no mesmo dia e hora designados para a posse, achou ele [Mello Porto> por bem em fazer o lançamento da pedra fundamental de uma sede de Junta de Conciliação e Julgamento no interior”, disse Márcia Cristina.
Também empossado naquele dia, o juiz André Villela recorda as dificuldades da carreira, como a falta de segurança, as tentativas de intervenção em processos do 1º grau e a ausência de critérios objetivos para a promoção. Questões que foram superadas, segundo ele, com a mobilização dos juízes e a atuação da AMATRA1.
Os desafios para os juízes do Trabalho de hoje são outros, diz André Villela. Os constantes ataques à Justiça do Trabalho e a subordinação do mundo do trabalho ao “mercado” e ao capital preocupam. Mas o juiz continua otimista.
“Não canso de dizer que não me arrependo de ter aberto mão do Ministério Público do Trabalho para aqui estar ao lado de todos os colegas, na contínua luta, onde muito foi conquistado nestes anos, sempre com a atuação da AMATRA1, que tive a honra de presidir no biênio 2009/2011. Muitos anos que me enchem de orgulho, lembranças e saudades. Parabéns e grande abraço e beijos aos colegas.”
Na trajetória de 25 anos, a maioria permanece na ativa. Alguns se aposentaram. Uma juíza foi removida para o TRT-3. Dois magistrados migraram para a Justiça Federal. Quatro morreram.
Confira a lista dos 31 aprovados no segundo concurso de 1993:
- André Vilella
- Claudia Maia
- Dalva Macedo
- Denize Assumpção
- Gilza Nobre
- Heloisa Juncken
- Hugo Schiavo
- Ieda Mastrangelo
- Jacqueline Lippi
- José Horta
- José Mateus Romano
- José Monteiro Lopes
- José Saba
- José Veillard
- Leila Vasconcellos
- Linda Brandão
- Marcel Bispo
- Márcia Cristina Teixeira Cardoso
- Márcia Leal
- Maria de Lourdes Tuffani
- Odilo Zanuzo
- Roberto Fragale
- Rosane Catrib
- Rosangela Kraus
- Sonia Laje (TRT-3)
- Carlos Alexandre Benjamim (TRF-2)
- Fátima Novelino (TRF-2)
Falecidos
- Adonis Luciano
- Edison Cardoso
- Luci Saraiva
- Marco Aurélio Almaraz
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