19 de novembro de 2021 . 15:22

Anamatra vai debater o antirracismo na Magistratura na segunda à noite

A filósofa norte-americana Angela Davis afirma que “em uma sociedade racista, não basta não ser racista; é necessário ser antirracista”. Para debater a participação de juízes e juízas do Trabalho com diferentes perfis étnico-raciais na luta contra o preconceito e a discriminação motivados pela cor da pele, a Anamatra, por meio da Comissão Anamatra Mulheres, vai promover o webinário “A branquitude e o papel da Magistratura na construção antirracista da sociedade”, na segunda-feira (22). O encontro será a atividade da associação para marcar o Dia da Consciência Negra, celebrado neste sábado (20). A transmissão será pelos canais da entidade no YouTube e Facebook, das 19h às 20h30.

A diretora de Cidadania e Direitos Humanos da AMATRA1 e integrante da Comissão, Bárbara Ferrito, será uma das palestrantes. A juíza destaca a intenção do evento de debater a construção da sociedade racialmente igualitária, a partir do lugar de fala da maioria dos magistrados, que são brancos. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Magistratura brasileira é composta por 85,9% de pessoas brancas e 12,8% de pessoas negras.

“O conceito incômodo da branquitude nada mais é do que um exercício de racialização daqueles que não são habitualmente marcados pela raça. Dessa forma, torna-se possível analisar melhor a hierarquia das raças e suas consequências na persistência das desigualdades raciais, bem como perceber como o racismo, mais do que oriundo de comportamentos desviantes isolados, estrutura a própria sociedade”, pontua Bárbara.

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A juíza do TRT-4 (RS) Gabriela Lacerda, que também integra a Comissão Anamatra Mulheres, será a segunda palestrante da noite. Como debatedoras, o evento terá a vice-presidente da Amatra5 (BA), Manuela Hermes de Lima, e a juíza Viviane Martins, também do TRT-5 (BA), integrante da Comissão de Direitos Humanos da Anamatra.

A vice-presidente da Anamatra, juíza Luciana Conforti, fará a mediação do encontro. Para Luciana, é essencial debater temas relacionados ao antirracismo para desconstruir estereótipos e descortinar atitudes e expressões racistas diretas ou veladas, que ainda fazem parte do imaginário social. 

“Nesse sentido, o papel da Magistratura é essencial, não só para o esclarecimento de direitos, mas também para uma melhor compreensão das especificidades que envolvem o tema, melhor capacitação e atuação voltada à coibição de qualquer tipo de discriminação”, ressaltou.

Gratuito e sem necessidade de inscrição prévia, o webinário é voltado a magistradas (os) do Trabalho, membros do Ministério Público do Trabalho, advogadas (os), servidoras (es) públicas (os), bacharéis em Direito, estudantes de Direito e todos que se interessarem em refletir sobre as estruturas sociais que perpetuam o racismo. 

Os participantes que acompanharem o webinário ao vivo e comprovarem presença no link disponibilizado no chat do YouTube vão receber certificado emitido pela Escola Nacional Associativa dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Enamatra). O documento será enviado a partir de 29 de novembro, pelo endereço de e-mail cadastrado no formulário de presença. Clique aqui para mais informações.

Webinário “A branquitude e o papel da Magistratura na construção antirracista da sociedade”
Data: segunda-feira, 22 de novembro de 2021
Horário: das 19h às 20h30
Local: canais da Anamatra no YouTube e no Facebook
Evento gratuito, aberto ao público e com certificação. < VOLTAR