09 de março de 2020 . 13:03
‘Indústria Americana’ mostra choque de culturas no trabalho
As diferentes perspectivas de trabalhadores norte-americanos e chineses sobre a operação diária em uma fábrica, direitos trabalhistas e normas de segurança são expostas em “Indústria Americana” (“American Factory”, no título original), vencedor do Oscar de Melhor Documentário em 2020. Produzida pela companhia Higher Ground, de Michelle e Barack Obama, a obra retrata o choque provocado pelas mudanças de cultura e no modo operacional de operários dos Estados Unidos em uma multinacional chinesa instalada em Dayton, Ohio, na área onde ficava uma fábrica da General Motors desativada.
O documentário começa com o fechamento da planta de veículos em 2008 e registra a retomada das operações no mesmo espaço físico, com a chegada da fabricante de vidros automotivos chinesa Fuyao, entre 2015 e 2017. A companhia se instala no local e contrata a mão de obra americana - muitos funcionários de carreira da GM e que haviam passado anos desempregados após o fim da montadora.
Os cineastas têm amplo acesso à fábrica e às atividades dos funcionários e presenciam reuniões de diretoria, discussões, problemas de operação. Chegam a acompanhar uma visita de funcionários norte-americanos à sede chinesa da empresa, para conhecer e se surpreender com as práticas de trabalho locais.
Leia mais: TRT-1 disponibiliza material informativo sobre coronavírus
Associados da AMATRA1 debatem teses para apresentar no Conamat
‘Ser negra em um país racista e machista é ser sobrevivente’, diz advogada
Além da grande diferença nos contracheques em relação à antiga empregadora, o choque cultural fica evidente no convívio entre os empregados e gerentes, que têm concepções e valores muito distantes em relação à rotina e ao trabalho. Os chineses rotulam os americanos de ineficientes e preguiçosos, porque trabalham “apenas” cinco dias por semana e oito horas diárias; os locais se queixam das jornadas exaustivas exigidas pelos empregadores da Fuyao e da falta de segurança no trabalho.
O longa-metragem dirigido por Steven Bognar e Julia Reichert flagra ainda a pressão da direção da fábrica sobre os trabalhadores para tentar impedir a sindicalização dos funcionários e os conflitos internos e geracionais entre operários ex-GM e outros mais jovens que derivam dessa disputa. “Não queremos sindicato aqui. Vai atrapalhar nossa produtividade”, diz, claramente, o presidente chinês da companhia.
Veja o trailer oficial do filme “Indústria Americana”:
*Foto: Netflix < VOLTAR
O documentário começa com o fechamento da planta de veículos em 2008 e registra a retomada das operações no mesmo espaço físico, com a chegada da fabricante de vidros automotivos chinesa Fuyao, entre 2015 e 2017. A companhia se instala no local e contrata a mão de obra americana - muitos funcionários de carreira da GM e que haviam passado anos desempregados após o fim da montadora.
Os cineastas têm amplo acesso à fábrica e às atividades dos funcionários e presenciam reuniões de diretoria, discussões, problemas de operação. Chegam a acompanhar uma visita de funcionários norte-americanos à sede chinesa da empresa, para conhecer e se surpreender com as práticas de trabalho locais.
Leia mais: TRT-1 disponibiliza material informativo sobre coronavírus
Associados da AMATRA1 debatem teses para apresentar no Conamat
‘Ser negra em um país racista e machista é ser sobrevivente’, diz advogada
Além da grande diferença nos contracheques em relação à antiga empregadora, o choque cultural fica evidente no convívio entre os empregados e gerentes, que têm concepções e valores muito distantes em relação à rotina e ao trabalho. Os chineses rotulam os americanos de ineficientes e preguiçosos, porque trabalham “apenas” cinco dias por semana e oito horas diárias; os locais se queixam das jornadas exaustivas exigidas pelos empregadores da Fuyao e da falta de segurança no trabalho.
O longa-metragem dirigido por Steven Bognar e Julia Reichert flagra ainda a pressão da direção da fábrica sobre os trabalhadores para tentar impedir a sindicalização dos funcionários e os conflitos internos e geracionais entre operários ex-GM e outros mais jovens que derivam dessa disputa. “Não queremos sindicato aqui. Vai atrapalhar nossa produtividade”, diz, claramente, o presidente chinês da companhia.
Veja o trailer oficial do filme “Indústria Americana”:
*Foto: Netflix < VOLTAR
- Últimas notícias
- 26 de abril de 2024 . 17:22AMATRA1 celebra Dia do Juiz do Trabalho, em meio a ataques
- 25 de abril de 2024 . 13:23Adoecimento é acidente do trabalho, defende seminário no ‘Abril Verde’
- 24 de abril de 2024 . 16:03Letícia Cavalcanti é empossada juíza titular da 1ª VT de Angra dos Reis
- 22 de abril de 2024 . 14:49Indígenas só ocupam 0,1% das vagas de chefia nas grandes empresas brasileiras
- 19 de abril de 2024 . 16:04Livia Siciliano comenta divergências entre STF e Justiça do Trabalho
- mais lidas
- 27 de maio de 2020 . 16:31Alvará eletrônico dá celeridade à liberação de valores de contas judiciais
- 11 de setembro de 2019 . 18:01Desigualdade social no Brasil é abordada em documentário da Folha de S.Paulo
- 19 de março de 2020 . 13:03Coronavírus: Juiz Marcelo Segal responde 10 dúvidas sobre questões trabalhistas
- 17 de junho de 2019 . 15:19TRT-1: Obrigar empregado a pagar custas se faltar à audiência é inconstitucional
- 30 de março de 2020 . 14:55TRT-1 expede mais de 7 mil alvarás e paga R$ 57 milhões, de 17 a 26 de março