01 de fevereiro de 2024 . 12:27

‘O juiz deve ser uma pessoa serena’, diz Luiz Alfredo Lino

O desembargador Luiz Alfredo Mafra Lino, após longa e dedicada carreira na magistratura, encerrou suas atividades judiciais com a aposentadoria, em julho de 2023. Nos 35 anos em que atuou na Justiça do Trabalho, o magistrado enfrentou desafios, desde a transição da advocacia para a magistratura até se  aposentar. “O juiz deve ser uma pessoa extremamente equilibrada, serena e justa”, disse ele.

Para o magistrado aposentado, o bom juiz “deve ser justo e fazer Justiça”.

“Para nós é mais um processo, mas para a pessoa que está ali não é. Às vezes é a vida dela. Muitos não sabem o quanto uma sentença influencia a vida de uma pessoa”, comentou o magistrado, como conselho para a nova geração de juízes.

Mafra Lino iniciou a carreira no Regional fluminense como juiz substituto na Corregedoria Regional, em julho de 1988, quando optou por trocar a carreira de advogado pela de magistrado. Aprovado em concurso, ele associou-se à AMATRA1 por considerá-la importante na defesa dos direitos dos magistrados.

A competência e o comprometimento o levaram a ser promovido a juiz presidente da Junta de Conciliação e Julgamento (JCJ) do Rio de Janeiro em 1992. Até fevereiro de 2000, quando assumiu o cargo de juiz titular da Vara do Trabalho em Angra dos Reis, exerceu diversas funções na Justiça do Trabalho no Estado do Rio. Em dezembro de 2002, foi promovido, por antiguidade, ao cargo de desembargador. Ocupou, no biênio 2019-2021, o posto de vice-corregedor.

Além das atividades no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), o juiz contribuiu para a formação de novos profissionais do Direito, ministrando aulas e participando de bancas examinadoras. 

Ao se despedir da magistratura, Luiz Alfredo Mafra Lino deixa um legado de integridade, equilíbrio e justiça. Seu compromisso em garantir que cada decisão judicial fosse tomada com responsabilidade e consideração pelo impacto na vida das pessoas permanecerá como parte de sua valiosa contribuição ao sistema judicial.

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