14 de dezembro de 2023 . 17:44

Derly Mauro e Renato Paiva falam sobre os planos após a aposentadoria na Justiça do Trabalho

Os magistrados Derly Mauro, Renato Paiva e Eduardo Eugarten encerraram este ano a carreira na Justiça do Trabalho. Eles se aposentaram como juízes titulares após duas décadas e meia de muito empenho e dedicação exclusiva ao Judiciário Trabalhista.

Em entrevista, Mauro e Paiva - ambos associados da AMATRA1 - relembraram suas trajetórias profissionais e anunciaram planos para o futuro. Eugarten preferiu não se pronunciar.

Derly Mauro

Derly Mauro voltou a se dedicar à Advocacia após se aposentar em agosto. Atuou na Justiça do Trabalho por 26 anos. Já abriu um escritório em Teresópolis (cidade serrana do Estado do Rio) para atuar nas áreas cível e trabalhista. Ele anunciou que continuará engajado nas ações da Associação Civil Aquarius, organização não governamental dedicada às  melhorias das condições de vida no sertão de Alagoas, como a perfuração de poços artesianos e doações para comunidades carentes. 

O ingresso na magistratura trabalhista aconteceu em 27 de novembro de 1997, no Paraná (9ª Região). Dois anos depois, veio para o Tribunal da 1ª Região/RJ. Antes, trabalhara por 17 anos como advogado trabalhista.

"Não ingressei novo na Magistratura. Tinha 40 anos. Mas foi exatamente a experiência de vida e profissional que me ajudou a exercer o meu mister com mais segurança e rapidez", disse ele, que atuou como juiz substituto por 11 anos até ser promovido a juiz titular da 2ª Vara do Trabalho de Nova Friburgo, onde permaneceu por quase 13 anos até a aposentadoria.

Para aqueles que começam na magistratura, Mauro sugere atenção aos temas que influenciaram o Direito do Trabalho nas últimas décadas. Alertou sobre a necessidade de equilibrar o trabalho com a saúde física e mental, destacando a importância de manter uma vida equilibrada e saudável. 

Renato Paiva

Magistrado por 25 anos, Renato Paiva quer voltar à Advocacia, mas em ritmo  moderado. Ele tem se dedicado ao cultivo de oliveiras em seu sítio no interior de Minas Gerais. Em alguns anos, prevê que estará colhendo azeitonas e produzindo  azeite de excelente qualidade.

Renato Paiva ingressou na magistratura como juiz substituto em 1998. Conta ter vivido uma jornada desafiadora até 2007. Ele descreveu esse período inicial como particularmente difícil, enfrentando obstáculos típicos dos primeiros anos na carreira. Sua atuação como juiz auxiliar de conciliação de precatórios o levou a percorrer o Estado do Rio, o que lhe proporcionou contatos com colegas e diferentes realidades. Essa diversidade de experiências moldou seu percurso na magistratura, observa.

"As maiores conquistas foram ter feito muitos amigos nestes anos. Amigos fiéis que eu sei que serão para a vida toda", disse o magistrado, que  destacou o esforço em oferecer uma boa prestação jurisdicional como o objetivo fundamental do trabalho que desenvolveu no Judiciário.

Aos novos profissionais, Paiva alerta sobre a natureza exigente da Justiça do Trabalho, enfatizando a importância de resistir às pressões e manter a determinação ao longo da carreira. "Em primeiro lugar, muita paciência, muita perseverança e sempre com aquela ideia de que tudo passa."

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