26 de agosto de 2020 . 14:16

Juíza e advogada falam da experiência com audiências telepresenciais

A juíza do Trabalho Patrícia Lampert, diretora da AMATRA1, e a advogada Maria Luciana de Souza, diretora da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil - seccional do Rio de Janeiro), conversaram sobre as experiências com as audiências telepresenciais durante a pandemia da Covid-19. A live foi transmitida nesta terça-feira (25), no canal da associação no YouTube e no Facebook. O evento faz parte de uma iniciativa da AMATRA1, em parceria com outras entidades, para discutir o tema.

Patrícia Lampert contou ter passado por diferentes fases de ambientação com a plataforma Cisco Webex, disponibilizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para viabilizar as audiências à distância. A primeira delas foi a familiarização com o novo sistema, que achou amigável e eficiente para atender às necessidades de todos. 

“Fiz testes e contei com o esforço dos servidores no auxílio. Fizemos simulações porque senti que, como condutora da audiência, tinha responsabilidade de dar acesso e fazer a inclusão como facilitadora”, afirmou.

A “estreia” nas audiências virtuais foi a segunda fase de ambientação, que envolveu, entre outros pontos, a adaptação da rotina, contou Patrícia. Com o surgimento de novas demandas, ela optou por contar com a participação de duas secretárias de audiência, e orientou que as soluções para os desafios, como os problemas de internet, seriam elaboradas conforme as questões fossem aparecendo.

“Tentamos deixar o mais parecido possível com uma audiência presencial. Foi opção nossa usar uma sala para as audiências, para que os advogados pudessem entrar na audiência, como fazem na sala presencial”, disse.

Leia mais: Pandemia impactou a saúde mental de magistrados e servidores, diz pesquisa
Em artigo, Perissé aborda efeito da pandemia no novo Direito do Trabalho
Live sobre o filme ‘Ela’ debateu as relações humanas e a tecnologia


A juíza afirmou que tem tentando se inteirar cada vez mais sobre a plataforma para “proporcionar o máximo de acesso digital possível, de colaboração e de um ambiente amigável, tentando contornar as adversidades”.

Maria Luciana pontuou que advogados e juízes são atores de um mesmo cenário e mesma realidade, e ambos atuam para viabilizar o acesso à Justiça. “Que esse acesso seja seguro em todos os aspectos da segurança e da saúde públicas”, disse.

A advogada também destacou a parceria da magistratura e da advocacia para a construção conjunta de soluções, ouvindo as perspectiva de cada lado e tratando cada situação isoladamente. E ressaltou o cuidado dos magistrados na condução dos casos. 

“Muitos continuam convidando e questionando se o advogado e a parte têm interesse nesse formato. Uma coisa que sempre falo quando ministro as ambientações para a advocacia é que nós todos somos seres humanos e estamos experimentando o novo, em um momento em que absolutamente tudo é novo. Também sempre falo para submeter as questões ao magistrado. Questione”, afirmou.

Veja a live na íntegra:

< VOLTAR