25 de fevereiro de 2022 . 13:28

Magistradas vão homenagear mulheres marcantes em coluna da AMATRA1

Motivadas pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, cinco magistradas do Trabalho vão publicar textos na segunda edição da coluna “Mulheres, por elas mesmas”. Neste ano, mulheres inspiradoras e que tenham sido marcantes para as trajetórias de vida das autoras serão o foco central. Os artigos vão ser publicados semanalmente no site da AMATRA1, em março. Criada em 2021 pela Diretoria de Cidadania e Direitos Humanos da Associação, a iniciativa foi eternizada em um e-book homônimo.

“A primeira edição foi um estrondoso sucesso. Além disso, seguimos precisando criar oportunidades para que as mulheres falem. Precisamos ouvir, para além das juízas, as mulheres que integram nosso Tribunal. Essa coluna é uma oportunidade de estimular esse exercício de escrita e de leitura, ajudando-nos a conhecer quem são as pessoas que formam a nossa Associação”, afirma Bárbara Ferrito, diretora de Direitos Humanos da AMATRA1.

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Para a juíza, dar espaço e voz às associadas significa ouvir outras narrativas, conhecer novas perspectivas, fomentar a riqueza da pluralidade e permitir que falem por si – “ao invés de, como colonizadores epistemológicos, acharem que podem falar por elas”.

“Nessa linha, promover esse exercício em março visa homenagear todas as mulheres que lutaram e lutam pela igualdade de gênero, ao mesmo tempo em que promovemos exercício de reflexão e conhecimento de quem somos como coletivo, como associação. Mas é preciso dar voz às mulheres ao longo de todo o ano”, completou.

A estreia da segunda edição da coluna será na quinta-feira (3), com o texto “Singela heroína”, escrito pela juíza Ana Teresinha de França, diretora da AMATRA1. Nas demais semanas, as obras serão publicadas às terças-feiras, pela desembargadora Marise Rodrigues e pelas juízas Najla Abbude, Glaucia Gomes e Nathalia Chalub.

Bárbara adianta que, neste ano, a escrita será mais livre e pessoal. “Convidamos as autoras a falar um pouco sobre alguma mulher especial para a vida delas. Não precisa ser alguém que conheçam pessoalmente; basta que seja alguém cuja história e feitos mereçam ser compartilhados.”

Coluna abordou temas como violência doméstica e educação

Na primeira edição da coluna “Mulheres, por elas mesmas”, os textos escritos pelas magistradas foram baseados em obras literárias ou cinematográficas. Temas como violência doméstica, invisibilidade do trabalho em casa e educação foram tratados a partir da perspectiva individual.

O artigo “Os impactos da violência doméstica no trabalho da mulher”, da juíza Áurea Sampaio, ex-presidente da AMATRA1, a partir do filme “Vidas Partidas”, abriu a coluna. A juíza Márcia Leal também falou sobre violência contra as mulheres no texto “Lar ou prisão?”, após análise do filme iraniano “O Apartamento”.

Com base nos livros “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha, e “O Lado Invisível da Economia: uma Visão Feminista”, de Katrine Marçal, a desembargadora Giselle Bondim escreveu o artigo “A invisibilização do trabalho doméstico das mulheres”.

A juíza Ana Larissa Caraciki e a desembargadora aposentada Aurora Coentro também escreveram a partir de obras literárias. Ana Larissa usou o livro “A Menina da Montanha”, de Tara Westover, como base para o texto “A arma da mulher é a educação”, e Aurora, os livros “Equador” e “Rio das Flores”, de Miguel Sousa Tavares, para publicar o artigo “Conversa com as Juízas – Um ponto de vista” < VOLTAR